terça-feira, 30 de setembro de 2008

mona lisa show

É já na próxima semana, dia 9 de Outubro, que estreia o Mona Lisa Show que poderá ser visto até ao dia 12 de Outubro no Pequeno Auditório do Centro Cultural de Belém.

A minha curiosidade é muita pelo que li sobre o Mona Lisa Show, pelo que já vi deste projecto artístico (gostei mesmo muito de ver o espectáculo [Homem-Legenda]) e pelo que já se disse do espectáculo. Não quero perder! E aconselho a quem estiver por Lisboa por estes dias a ir ver porque - tenho a certeza - vai valer a pena :)

Sobre o espectáculo:

Mona Lisa Show é um concerto dramático. Não poderia ser noutra altura, nem noutro sítio. É hoje, em Lisboa. Sete personagens num momento das suas vidas. Uma montra humana onde o presente, contém em si, o passado e o futuro, a memória e o desejo. O que dizem estas personagens? O que não dizem e o que gostariam de dizer? E se dissessem o que pensam? Mona Lisa Show é um espelho, ou uma janela para o desconhecido; um laboratório de personagens que se cruzam numa passerelle vermelha entre a vida que têm e as vidas que não têm. Porque é que fazemos isto? Para que é que isto serve? Quais são as nossas histórias, os nossos dramas? Onde estão os nossos heróis? Estas pessoas não existem. São só ficção.



o projecto artístico
Em 2004, Ana Pereira (direcção de produção) e Pedro Gil (direcção artística) fundaram uma estrutura de criação artística com o propósito de produzir objectos teatrais que obedeçam aos seus princípios artísticos e de produção.
Nos últimos quatro anos produziram a performance Alvo Branco, o estudo para espectáculo Execução Pública com o Apoio a novos encenadores da Fundação Calouste Gulbenkian, o espectáculo [Homem-Legenda] estreado no Centro de Arte Moderna inserido no Programa Criatividade e Criação Artística da Fundação Calouste Gulbenkian e o objecto teatral VERSUS(vs) a convite da artista plástica Ana Rito.
O espectáculo [Homem-Legenda] continua em digressão pelo país.
Actualmente preparam a estreia da nova criação Mona Lisa Show.

the beginning

Insónia...

Acordei e não consegui voltar a adormecer... Vira para aqui, vira para ali, almofada assim e assado... Bolas! Decidi fazer qualquer coisa em vez de continuar a rebolar na cama.

Hoje nem tenho motivos para isto... Ou será que é porque hoje entro em mom mode?!

Isto promete!

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

1001 músicos

Este domingo realizou-se no CCB a segunda edição da Festa das Escolas de Música - 1001 Músicos.

Foi um dia inteirinho de concertos em 3 espaços (grande e pequeno auditórios, e no foyer do grande auditório) onde os alunos do ensino artístico especializado, de vários níveis e idades, mostraram algum do trabalho que desenvolveram ao longo do passado ano lectivo. E como não poderia deixar de ser a minha ex-escola de música também esteve representada e muito bem representada :) Deu na tv e tudo!

Só consegui ver 1,5 concertos... Fiquei longe do meu plano inicial: 3 concertos. Ao primeiro não cheguei a tempo... Era jazz... Snif! Mas não lembra a ninguém um concerto a começar às 13h30! Ao segundo (e motivo maior da minha presença) cheguei bem a tempo - do concerto e da confusão que foi conseguir entrar naquele grande auditório, praticamente lotado!! - e pude ouvir, ver e aplaudir as três escolas de música do concerto 4. Já ao terceiro concerto... Apenas cheguei a tempo de ouvir meia música do Conservatório de Coimbra e duas músicas do Conservatório de Sintra (começaram por interpretar Led Zeppelin, Stairway to Heaven, mas não tocaram tudo o que estava no programa... ou então eu estava muito distraída e não os ouvi interpretar Herbie Hancok, Cantaloupe Island - e se me pusessem a tocar no foyer com aquela barulheira toda do andar de baixo... também eu desmoralizava!!).

O concerto 4 foi muito bom. Começou com a Academia de Sta Cecília (com quem, no meu tempo, fazíamos alguns intercâmbios... Ehehe!) e o tema de J. Barbera e W. Hanna, (Meet) the Flinstones, que nos fez sorrir a todos pela magnífica interpretação da orquestra e do "Fred Flinstone disfarçado de violoncelista dos nossos dias"!! Seguiu-se a Fundação Musical dos Amigos da Crianças (adorei a canção brasileira que interpretaram - W. Henriques, Virapurú) and last but not the least a Escola de Música de Nossa Senhora do Cabo!!

Começaram com Stravinsky, Suite n.º 2 para Pequena (que não era nada pequena!) Orquestra, não sei se terá sido a melhor escolha... Não é fácil, nem o público percebeu as pausas porque desatou a bater palmas entre andamentos (continuo a achar que distribuir uns papelinhos à entrada destas salas, com sugestões para apreciar os espectáculos, não seria nada mau... sempre se evitavam, entre outras coisas, aqueles shhh irritantes, que devem desconcentrar os músicos). O final foi muito bom: Joly Braga Santos, "Hino à Juventude" da Sinfonia n.º 4.

Enjoy! A música porque a imagem... enfim...


domingo, 28 de setembro de 2008

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

friday, I' m in loooove

Hoje acordei particularmente bem disposta e a sorrir (independentemente da minha vontade de continuar debaixo dos lençóis) - it's friday, I' m in love!!!

Ontem conheci o J. e foi amor à primeira vista! Já gostava dele antes de o conhecer in flesh & blood, estava curiosa e imaginei muitas coisas antes de o ver. E quando vi... é difícil ficar indiferente! Ele é lindo, calmo e só dá vontade de o encher de mimos :)

E hoje, espero que o dia passe a correr (e que eu consiga mesmo assim fazer tudo o que é suposto - não estou a pedir muito, naaaa!), quero que a noite chegue depressa! Porque a noite vai ser muito, muito boa - I know it! ;)



I don't care if Monday's blue
Tuesday's grey and Wednesday too
Thursday I don't care about you
It's Friday, I'm in love

Monday you can fall apart
Tuesday, Wednesday break my heart
Oh, Thursday doesn't even start
It's Friday I'm in love

Saturday, wait
And Sunday always comes too late
But Friday, never hesitate...

I don't care if Mondays black
Tuesday, Wednesday - heart attack
Thursday, never looking back
It's Friday, I'm in love

Monday, you can hold your head
Tuesday, Wednesday stay in bed
Or Thursday - watch the walls instead
It's Friday, I'm in love

Saturday, wait
And Sunday always comes too late
But Friday, never hesitate...

Dressed up to the eyes
It's a wonderful surprise
To see your shoes and your spirits rise
Throwing out your frown
And just smiling at the sound
And as sleek as a shriek
Spinning round and round
Always take a big bite
It's such a gorgeous sight
To see you eat in the middle of the night
You can never get enough
Enough of this stuff
It's Friday, I'm in love

I don't care if Monday's blue
Tuesday's grey and Wednesday too
Thursday I don't care about you
It's Friday, I'm in love

Monday you can fall apart
Tuesday, Wednesday break my heart
Thursday doesn't even start
It's Friday I'm in love

The Cure, "Friday, I' m love"

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

memoires

Nestas minhas arrumações (quando vir tudo terminado nem acredito que é verdade!!! :) ) tenho visto coisas que nem sabia que tinha e tenho revisto outras tantas que julgava... bom que o seu paradeiro era desconhecido.

Hoje reencontrei as Memórias de Adriano, de Marguerite Yourcenar. Nunca consegui terminar o livro, nem sei explicar porque é que nunca o consegui ler até ao fim, aliás acho mesmo que não passei da página 17... A escrita é pesada mas o conteúdo tem os ingredientes que à partida me fariam ir até ao fim da viagem - talvez não fosse o momento certo para o ler.

A primeira pessoa que me falou do livro (e acho que foi também por ter sido ele que não descansei enquanto não o tive nas minhas mãos!!) foi o Professor que eu ouvia com maior prazer na faculdade - à partida seria mais um estimulo para ler o livro normalmente, mas nem assim.

Prometi a mim mesma não voltar a perder estas memórias de vista... Acho que se conseguir vencer a barreira das vinte páginas iniciais estou lançada!

Vou fazer outra tentativa.


pezinho de salsa

É engraçado ter passado mais de uma semana e ainda continuar a receber presentes!!

Mais que saber uns passos de salsa, há que entrar nos ritmos e sons da salsa :) Recebi um cd de salsa cubana! Desde então, nos meus momentos de descontracção tem sido a minha banda sonora - e sabe tão bem ouvir...

decisão tomada.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

experimentar o espaço

Ontem o CCB deu a conhecer a exposição Espaços Sensíveis - Colecção de Arte Contemporânea da Fundação "La Caixa".

Se já tinha gostado muito das duas anteriores - a Pipedream e a Não Te Posso Ver Nem Pintado - gostei ainda mais desta! Muito mesmo! É Arte Contemporânea e são principalmente instalações - acho que ando a perder um bocado o gosto pelos "clássicos"... Talvez porque nesta exposição se trate disso mesmo, de espaços sensíveis onde somos postos à prova e que nos provocam (bem sei que isso acontece com qualquer obra de arte mas sinto-me diferente nestas), experimentamos o espaço: umas vezes de forma "normal" (não é esta a palavra que quero usar mas não encontro a the one...), noutras de forma mais teatral.

Nesta inauguração falou-se naturalmente muito castelhano e a visita guiada - também em castelhano - foi feita pela comissária da exposição Nimfa Bisbe. Andavam por lá muitas caras conhecidas (já sei o nome do senhor em quem tropecei dos óculos à Le Corbusier! Ehehe! E já me cruzei com ele fora do CCB, uma das vezes até foi no sábado na ExperimentaDesign), principalmente do mundo das artes plásticas.

Gostei muito de algumas, especialmente o Globulocell (2001) do brasileiro Ernesto Neto, feito em lycra e areia; A instalação de Soledad Sevilla, Fons et Origo (1987) - uma combinação de luz e água, reflexos e som, muito interessante; As imagens de Bill Viola em What Is Not and That Which Is (1992); and last but not the least e talvez a minha instalação preferida, a de Dominique González-Foerster, Petite (2001).

Esta última foi a minha preferida. A ideia que retive foi a de uma menina à janela (tal como o espectador, já que vemos a projecção do vídeo enquadrados por uma estrutura de vidro e alumínio, como se fossem também janelas) de olhar um bocado perdido e, atrás dela, o cenário vai mudando. Aqui fica uma imagem... que apesar de não valer mais que mil palavras (podia ser melhorzinha! foi o que o telemóvel permitiu..) mas que acho que já dá para "abrir o apetite" :)


segunda-feira, 22 de setembro de 2008

zoe is famous!

Ahahaha! Como estas coisas me divertem! :)

auwf, auwf

Depois de ver a exposição sobre a obra de Peter Zumthor (que hei-de voltar a ver, perdi o vídeo das Termas!), vim para casa a correr - o tempo voa e eu ia acampar com a pequenada! :D

Ao chegar a casa reparei que ainda tinha mil coisas para fazer antes de sair, que a mochila estava por fazer, os calções que se antes me estavam justos, agora cortavam-me MESMO a respiração (nem queria acreditar que eram meus! nem que a distância entre o botão e a casa era tão grande!!), que ainda tinha que jantar e seguir para o local combinado - valeu-me a boleia de última hora :) claro que com a correria alguma coisa tinha que ficar para trás... desta vez foi o colchonete.

Quando os vi entusiasmados para esta actividade - a última etapa desta primeira secção das suas vidas - fiquei também eu entusiasmada, ao ponto de me esquecer de uma parte muito importante... Partimos para o local do acampamento e fizemos praticamente todo-o-terreno (eu viajei num jipe mas havia um descapotável na caravana que se deve ter benzido todo...) antes de chegar.

Eu que estava super entusiasmada e cheia de vontade de acampar... confesso que desanimei quando vi os dois cães enormes da quinta! Eles eram grandes... hhuuuuuggggeeeesss! Passei cá uma vergonhaça...

Eram dois cães pretos muito bonitos, um deles era Terra Nova, tinha um ar tão bonzinho e fofo que, não fosse o meu medo ser maior que eles, até lhes tinha feito uma festinha... Mas não foi possível. A coisa correu tão mal que a dada altura, enquanto seguíamos para o sítio onde ficariam as tendas, fui surpreendida pela cadela e, como tinha uma pastilha elástica na boca, engasguei-me à grande e mal consegui falar!! A minha sorte foi mesmo a cadela não me ter ligado pevide...

Mas os cães não eram os únicos animais na quinta, também vimos um xué - nunca tinha ouvido este nome... e o bicho tinha ar de sapo! - e ainda ouvi falar em coelhos... E melgas! Havia muitas melgas.

Regressámos para junto do grupo, onde se falava sobre os medos. Por várias vezes me senti tentada a introduzir o tema do meu medo mas depois achei que não era muito oportuno...

Passei a noite quase em claro... Os cães dos vizinhos ladraram bastante durante a noite toda.

Quando fomos comprar pão... Lá estavam os meus amigos (os tais dos vizinhos...), presos a umas correntes que pareciam que se iam partir a qualquer instante e que me iriam trincar e desfazer-me em dois tempos. Foi um sufoco na ida e no regresso a campo...

Mais tarde, enquanto marcávamos o caminho... mais cães!

Quando chegámos à Lagoa Azul... cães!

Acho que está na hora de admitir que tenho um problema...

domingo, 21 de setembro de 2008

warm-up

O primeiro contacto que tive com a obra de Peter Zumthor deve ter sido há quase 10 anos, quando me falaram do seu projecto para o edifício das Termas de Vals, na Suíça. Foi uma espécie de love at first sight, senti-me logo seduzida pela sua obra que é mais, muito mais. Por isso a expectativa quanto a esta exposição - o suposto warm-up da ExperimentaDesign de 2009 - sobre a obra do arquitecto suiço era elevada.

Os bilhetes para assistir à conferência na Aula Magna esgotaram, e assim perdi a oportunidade de partilhar o espaço com este senhor e de o ouvir. Infelizmente aconteceu...

Esta exposição está na LxFactory - andei tanto tempo a querer ir lá, sem conseguir, e agora na mesma semana apareço duas vezes! não há fome que não dê em fartura(s), não é? ahahah ;) - e vale bem a pena ir e fechar os olhos a alguma desorganização (de quem coordena aquilo tudo, não tenho queixas dos voluntários!).

Não vou estragar a surpresa e falar sobre tudo o que está exposto... Digo apenas que as salas onde estão as instalações de video são fantásticas (e segundo percebi, foi ideia do próprio arquitecto) e que nos fazem sentir como se estivessemos mesmo no local! Ah! E acrescento que os desenhos são lindos (tanto os rigosoros como os livres)! E... que os projectos são interessantes e os principais/famosos estão lá todos (das Termas, à Capela Bruder Klaus, está lá tudo :) )! E que as maquetes também são originais (há uma que cheira um bocado a... esquisito... o que não é muito bom)! E os livros! E resumindo e baralhando, vale a pena ir ver :)

E rever: à saída basta pedir para carimbar o bilhete e assim já dá para entrar novamente uma vez - vou voltar!
(fica uma fotografia de uma maquete do projecto para o Memorial da Queima das Bruxas, Finnmark)


sábado, 20 de setembro de 2008

... and running

Depois de um concerto, a exposição!

Warm-UP ExperimentaDesign Lisboa 2009... Here I gooooo!!!!

searching...

Ao passar a pente fino a agenda da Culturgest dei de caras com este espectáculo. Nem sei bem o que me reteve porque na verdade, e apesar de ser um artista conceituado, não o conhecia bem. Talvez porque se tratar de jazz, talvez fosse por ser português, ou porque entretanto tive curiosidade e fui tentar saber mais sobre o artista (músico e fotógrafo) e gostei!

Rodrigo Amado, Searching For Adam - marcado na agenda.

Surgiu a oportunidade, fiz o convite, convite aceite, e chegado o dia... vruuummm! Here we gooo! E valeu bem a pena, foi um bom concerto e a companhia foi mil, foi milhões de vezes melhor :)

Inicialmente não foi música fácil para o meu ouvido... Aqueles improvisos de jazz não eram o que eu esperava, acho que imaginei uma procura diferente mas as projecções das fotografias (de New York, I guess...) retinham-me e tudo se tornou melhor.

A última música foi maravilhosa e quanto a mim foi também quando apareceram as melhores fotografias! Ficava ali o resto da noite! Mas uma companhia tão boa não podia ser assim desperdiçada (e as vizinhas da frente também já estavam a ficar nervosas...) e era altura de seguir para outras paragens, seguir para novas (re)searches... :)



sexta-feira, 19 de setembro de 2008

come back... I miss you

Volta... Volta porque eu tenho muitas saudades tuas... E porque tu de certezinha absoluta que também tens muitas saudades... E porque somos mais felizes quando estamos perto. Volta!

surpriiise, surpriiiiise.... - a continuação

(back :) )

De bisturi na mão (sim, desta vez não peguei no x-acto, foi mesmo de bisturi!) e mão firme, cortei a fita-cola que selava o meu cubo-encomenda-presente. A embalagem era leve... Estava tão curiosa! Abri com muito jeitinho a caixa... Sem fazer asneiras.

Recebi um origamiiiii!!!!

É uma ORIGAMI STAR - são cinco tetraedros de origami entrelaçados, em cinco cores. Um presente bem original! Adorei! Sobretudo porque foi feito pelo próprio - por quem me presenteou - e deve ter dado uma trabalheira dos diabos a fazer... Muitas horas, muita paciência e muita concentração!

É lindo, não é?
I lobe it ;)




festival chão

Tive que interromper a minha surpresa - segue dentro de momentos - para ir à LxFactory ver afinal do que se tratava o Projecto Chão.

Pelo que percebi (e bem pelo que confirmei na página deles) este projecto está relacionado de certa forma com arqueologia industrial (pelo menos como ponto de partida... não sei como serão os próximos festivais), na reabilitação urbana e, naturalmente, com a história dos edifícios.

Projecto Chão:
"Os edifícios e terrenos devolutos de Lisboa não só ocupam, como vedam áreas urbanas, subtraindo-as à cidade. Com cada novo espaço devoluto, a Cidade diminui. Porém, estes espaços em transição poderão ser espaços momentaneamente abertos à cidade - ao seu uso.
O principal objectivo do projecto Chão é criar núcleos efémeros de dinamização que fomentem esse uso e que evidenciem o que se acrescenta e permanece na cidade que muda, quando essa mudança é ditada pela vivência plena e actual do seu espaço.
O projecto Chão consiste na ocupação temporária de edifícios devolutos previstos para demolição ou remodelação.
Os edifícios/espaços são escolhidos de acordo com a sua localização, estado de conservação e interesse arquitectónico. Assegurada a infra-estrutura mínima para o seu funcionamento, cada edifício será temporariamente ocupado por um programa de actividades definido a partir da especificidade do local."

O Chão: Lx Factory começou hoje e dura até dia 20 (sábado). Às 22h lá estava eu para assistir à projecção de Berlin Babylon, um filme de Hubertus Siegert sobre as intervenções urbanísticas e arquitectónicas em Berlim (1996-2001) com alguns nomes bem conhecidos no campo da arquitectura.

Confesso que estava à espera de algo um bocadinho diferente. E as cadeiras eram bastante desconfortáveis... Impediram-me de ver o filme decentemente e para o fim desejei ardentemente que teminasse pois eu estava no limite!!

Perdi a vontade de fazer a Ronda Nocturna (que deve ter sido bastante interessante - não saí sem trazer documentação!! Eheheh) e muito menos de ouvir o DJ de serviço.

Meine Bett: Ich vermisse dich!
(o meu alemão já viveu melhores dias... será que tem erros?!)


quinta-feira, 18 de setembro de 2008

surpriiise, surpriiiiise....

A meio da tarde recebi um telefonema de uma transportadora a pedir pontos de referência para chegar à minha morada... E a hora mais favorável para entregar uma encomenda. Garantiram-me que caso não estivesse ninguém para a receber, deixariam naturalmente um bilhete.

Quando cheguei a casa procurei e não encontrei nada. Corri para a caixa do correio em busca do papelinho (ainda iria a tempo para a levantar) mas estava vazia... Comecei a achar que era peta...

Até que me lembrei da minha querida vizinha! Subi novamente e fui a casa dela. E lá estava ela!! :) Uma caixa cor-de-laranja com o meu nome escrito!!!

Ainda nem vi o conteúdo mas já valeu a pena, pela surpresa e vinda de quem veio :)

(tenho que ir jantar... ou alguém vai ficar muito aborrecido por jantar sozinho!!
brb para desvendar o mistério!!)

desafios da vida

Estranhei ver a polícia logo de manhã a orientar o trânsito no Marquês de Pombal. Os semáforos não estavam a funcionar como de costume, nem sequer estavam no amarelo intermitente - não funcionavam de todo e atravessar a estrada era, portanto, um desafio maior.

Mais tarde, vim a saber que a linha azul do metro não estava a funcionar e... mais tarde ainda, vim a perceber o motivo: uma senhora caiu na linha e estaria a ser socorrida pelo INEM.

Este contratempo fez com que muitas pessoas começassem o dia mais tarde... Enquanto esperava (em vez de "fazer esperar") por um amigo, ouvi um estrondo vindo de um carro. Pelo som pareceu-me que deveria ter batido com o pára-choques nalgum passeio. Mas não, foi mesmo num gato.

Foi uma visão tenebrosa que me atormentou durante toda a manhã... Cada vez que fecho os olhos, vejo o espernear do animal. Tenho náuseas.

Que manhã...


quarta-feira, 17 de setembro de 2008

rrrruuuunnnnn...

As minhas semanas têm começado a um ritmo alucionante! Diria mesmo que as minhas 2.ªs feiras têm sido sempre a abrir e esta não foi excepção (depois de fins-de-semana sem grande descanso... qualquer dia adormeço em pé!).

Esta 2.ª feira foi um dia preenchido, foi uma aventura! E nem sei como não falhei mais coisas... O dia terminou tarde, aliás, terminou já na 3.ª f quando fi-nal-men-te cheguei a casa! Adiante, e desculpas à parte (e apresentadas e aceites - o mais importante!), o momento cultural do dia foi passado no Museu Colecção Berardo.

Decidi fazer o percurso ao contrário, numa tentativa de fintar a multidão que acompanhava o sr. Comendador Berardo... em vão.

Comecei pela obra de Miguel Palma, "Google Plane" (2008). Um aviãozinho suspenso que apresenta duas "faces": visto de cima, está revestido com uma ortofotografia - numa espécie de mundo bem real como quem anda lá em cima, a olhar cá para baixo, e vê a terra, as construções, etc; visto de baixo, vemos o céu... como quem sonha e olha para o céu!

No mesmo espaço, estavam ainda outra obra de Miguel Palma, "Batalha Naval", e três peças de On Kawara (um artista japonês que trabalha em Nova Yorque e que eu desconhecia, e continuo a desconhecer na verdade porque não explorei mais o seu percurso e obra...).

Segui para a exposição do artista francês Alexandre Perigot - PIPEDREAM. A entrada é.. interactiva, digamos assim, requer algum equilíbrio :) (vi pessoas a serem surpreendidas!! ehehe! dava uns apanhados engraçados!!) com "Palaispopeye" (2006) - somos convidados a passar em cima de placas rotativas que têm uns painéis com imagens, onde o movimento, nos faz ter uma percepção diferente delas.

Senti na exposição um tom crítico e irónico que achei muito interessante. A escolha dos materiais e a materialização dessa crítica (seja com os vídeos, com som até aos suportes mais físicos e palpáveis) é-nos apresentada de forma muito interessante, na minha opinião.

Uma dessas obras é "Funkypipe" (2008). Não posso dizer que a tenha achado bonita - whatever that means... - mas achei-a curiosa. É composta por estruturas ondulantes - tubos que suportam umas prateleiras com objectos - que sugerem o movimento da ondulação dos corpos, por exemplo, ao dançar, ou ao cambalear, tendo como pano de fundo uma imagem de plataformas petrolíferas. Esta instalação é acompanhada por um vídeo de Richard Hoeck (quanto a mim, nada inocente... senti que de certa forma me condicionou).

"Sometimes you win, sometimes you lose" (2007) é composta por uma série de tubos plásticos que nos acompanham durante boa parte da exposição. É uma espécie de mega (relativamente ao comprimento e não à sua secção) tubo rígido de aspiração central onde percebemos, através do ruído, que anda qualquer coisa lá dentro...

Preparava-me para seguir para outra sala, continuando na exposição e... por pouco não me atravessei mesmo à frente do sr. Comendador! Travei a tempo!! Não me apercebi que a PIPEDREAM tinha terminado e que estava nada mais, nada menos que a meio da NÃO TE POSSO VER NEM PINTADO (quer dizer, não senti como o fim da exposição, foi mais uma espécie de mistura, de ponto comum ou momento de intersecção das duas exposições...). Deixei passar toda a comitiva, e decidi seguir a direcção da exposição, apesar de me faltar toda a parte anterior.

NÃO TE POSSO VER NEM PINTADO - um novo percurso pela Colecção Berardo, é uma exposição sobre a figuração na pintura. Comecei pelas obras de Martyal Raysse e passei para obras de Paula Rego (desta vez não senti tanta agressividade, apesar de estar lá representada.. foi estranho), vi também Francis Bacon, David Hockney, entre outros.

Estavam mais artistas portugueses representados que gostei muito de ver, como Luis Noronha da Costa e Julião Sarmento (deixo duas imagens, a primeira "This is simply a metaphor" (2002), e "Patterns of nuclear family life" (2002) ).

O mau/ bom (momento bipolar! ehehe) de tudo foi ter olhado para o relógio e ver que estava atrasada para o compromisso seguinte... e desatar a correr. Já não fui ver o resto da exposição, portanto o regresso com mais tempo está prometido (e quase marcado ;) ).

terça-feira, 16 de setembro de 2008

descoberta do dia

Hoje é o Dia Mundial da Preservação da Camada de Ozono.


segunda-feira, 15 de setembro de 2008

14 de setembro

Agradeço

as palavras,
os mimos,
o carinho,
os gestos,
as mensagens,
os telefonemas,
os encontros,
os presentes,
os que vieram de longe e os que estiveram mais perto

porque tornaram o meu dia tão bom e tão especial.

für PM

Ao fim de não-sei-quantos meses finalmente voltámos a estar juntos :) Existiam saudades para matar, conversas para ter, abraços para dar...

Chegaste lá do fim do mundo onde te decidiste enfiar. Deixaste tudo e todos para trás, deixaste um tudo muito grande (ainda nem consegui perceber que parte da tua vida te deixou de preencher para motivar esta mudança radical... valerá assim tanto o esforço?) e, sem dúvida, que deixaste todos todos de boca aberta!

E agora, de regresso ao país, ainda que por pouco mais de um mês, vieste à big city nossa escala!) para um dos fins-de-semana mais importantes para mim. Só posso sentir-me muito lisonjeada com isso.

E agradecer as noites das arábias! Ehehe

Obrigada por teres vindo ;)


quarta-feira, 10 de setembro de 2008

a-do-rei

Nem de propósito:

terça-feira, 9 de setembro de 2008

falar.. em público - the great adventure

Depois da televisão, jornais e afins, estreei-me nos seminários. É verdade, um seminário em Serpa!

Tive a oportunidade de ir antes do dia em que iria fazer a minha comunicação e assistir a tudo desde a abertura. Assim poderia ver todas as comunicações dos dias de seminário e perceber melhor a(s) linha(s) de pensamento para melhor enquadrar o que ia apresentar. Para variar, no tempo que a antecedeu, estive ansiosa - confesso - mas já lá vamos.

À hora marcada para a partida, lá estava o motorista, eu e o colega de profissão, ficando a faltar a estrela da companhia, o nosso colega-de-profissão-mais-importante - o presidente! (Mais importante porque sem ele não se fazia a abertura do seminário! Ahaha). Não bastava estar atrasado, como ainda apareceu vestido igual a mim - eu nem queria acreditar!! O outro colega reparou e comentou...

A viagem correu bem (viemos a conversar, não deu para recuperar algumas das horas que fiquei a dever a esse fantástico spot da noite chamado VDL - Dj Pillow rules!!) e a recepção ainda foi melhor: muita simpatia com uma lembrança saborosa - queijo de Serpa e uma garrafinha de azeite!

Conheci algumas pessoas que só conhecia "em teoria" (dos projectos e outros trabalhos que desenvolvem), algumas estrelas da área, e aprendi muito. Vim renovada e com mais ideias e mais claras - embora não totalmente clarificadas!! Ehehe! You kow me...

Não posso deixar de falar nos verdadeiros passeios gastronómicos que fiz nestes dias!! Nem me posso aproximar da balança - ela pode gritar :) Acho que também vem daí algum do sucesso da minha intervenção... Já explico!

Fiquei - muito bem - instalada na Casa de Serpa, uma casa de turismo rural que já falei aqui. O dono deu-me uma série de dicas para conhecer Serpa, que tentei seguir apesar de o tempo não ser muito. Tive a sorte de a minha estadia coincidir com o lançamento do recente livro de Manuel Alegre, no espaço VOL - o evento contou com teatro (interepretação da Companhia de Teatro BAAL 17) e cantares alentejanos (Grupo Coral e Etnográfico da Casa do Povo de Serpa) e adorei ouvi-los cantar! Aquelas vozes são tão poderosas que até me emocionei!

Num passeio nocturno, encontrei um cartaz do seminário na rua... com o meu nome escrito - eu sei, eu sei... vá, eu preciso de um desconto, foi a primeira vez!! Tirei uma foto e tudo!!!

Chegado o dia de falar... Deu-me a dor de barriga e os suores frios... Como é óbvio! As comunicações que antecederam a minha provocaram alguma agressividade na plateia - ainda fiquei mais nervosa!!! Valeu-me falar depois de almoço - ehehehe - um almocinho saboroso, de comida regional, bem... regado :) Tenho quase a certeza que foi toda a gente mais descontraída para o auditório, e ainda bem! Eu e o orador que se seguia almoçámos perto um do outro e apenas provámos o vinho na hora do brinde!!

Passaram pela minha cabeça milhentas coisas, milhões de cenários, triliões de hipóteses... Estava bem acelerada e sem ter bebido um copo de vinho!! Nem queria pensar na ideia de não estar preparada para responder... E se o computador pifava?? E se não conseguia ler as minhas notas? E se gaguejava ou não conseguia falar de todo? Que grande dor de barriga!!

Na hora da verdade... tudo correu bem. Os nervos foram-se! Falei do que me pediram e acho que correu mesmo bem. Não repetia amanhã mas não fiquei com medo. No final, recebi elogios que me deixaram mais confiante :) Sem esquecer todo o apoio que recebi via sms - foi muito bom recebê-las!

E foi cá uma descarga de adrenalina...! Mas parece que a prova foi superada :)

A grande aventura estava terminada com um regresso a casa debaixo de um temporal.

Hei-de voltar.


segunda-feira, 8 de setembro de 2008

once in a while... :)

Once in A While - Madeleine Peyroux

From bad luck
I' m walking away
I' m not getting stuck
I' m not gonna stay

To good things
I' m moving ahead
I' m tired of dying
I' m living instead

Once in a while I wake up
Wondering why we gave up
But once in a while
Comes and it fades away

The sun 's up
And lighting the sky
I never could see it
It just passed me by

Good things
Keep moving along
I' m not looking backward
For something that' s gone

Once in a while I' ll wake up
Wondering why we gave up
But once in a while
Comes and fades away

I don' t know what love is
I' m selfish and lazy
And when I get scared
I can act like I' m crazy

But when I think of your kisses
I' m still gonna smile
I' m still gonna miss you
Once in a while

Once in a while I' ll wake up
Wondering why we gave up
But once in a while
Comes and fades away

Good things
Keep moving ahead
I' m tired of dying
I' m living instead

Madeleine Peyroux, "Once in a while"


domingo, 7 de setembro de 2008

feel @ home

Passei uns dias fantásticos em Serpa! Fui muitíssimo bem recebida, à boa maneira alentejana :)

Enquanto me guiavam para o local onde iria ficar criei mil e um cenários na minha cabeça - não fazia ideia onde era e como seria... Foi uma agradável surpresa! À minha frente surgiu uma casa de turismo rural - a Casa de Serpa.

As honras da casa foram feitas por um dos donos, muito simpático (como todos naquela casa!). A casa é tão simpática que convida a ficar mesmo por ali... Não fosse ter pouco tempo para conhecer Serpa, teria passado mais tempo em casa!

Vale a mesmo a pena visitar a Casa de Serpa. É confortável e acolhedora e quem nos recebe faz-nos sentir em casa com o modo caloroso com que nos acolhem. É uma verdadeira Casa!

(esta é a sala do pequeno almoço :) que tal ahn?! é só para.. abrir o apetite! e a foto é mesmo copiadinha deles)




segunda-feira, 1 de setembro de 2008

dessins d' écrivains

Começou hoje no CCB uma exposição diferente: uma exposição feita de pinturas, colagens, desenhos assinados por quem não se ficou pelas linhas escritas nos seus livros. Desenhos de Escritores.

São desenhos de escritores que aqui são apresentados como artistas plásticos. Não senti que a exposição mostrasse o lado genial das suas criações plásticas, entendi antes como o outro lado de quem cria e, neste caso, escreve. Se há momentos em que se sente a escrita longe do desenho, vemos em vários artistas uma proximidade, como é o caso de Almada Negreiros (que gostei muito de ver na exposição).

Hoje na inauguração estava imensa gente, algumas figuras que nunca tinha visto por lá, alguns jornalistas, operadores de câmara, fotógrafos e flashes que nos impediam de ver a exposição na paz que a ocasião pede e eu gosto.

Acabámos por nos libertar de alguma multidão quando decidimos avançar uma parte... E aí consegui respirar e ver tudo com mais calma, no fim regressei onde tinha ficado no início.

Entre os trabalhos que mais gostei de ver estão os de Max Jacobs; de Tristan Tzara; uma espécie de silhueta feminina em lápis sobre cartão - um "sem título" de 1963 de Jean Arp, mas não só. Surpreendi-me (nem sei bem explicar porquê...) com o sentido de perspectiva de um dos desenhos. mas já nem me lembro o nome do autor... ops! Na parte dedicada aos "Alucinados", gostei de ver Brion Gysin, especialmente o Plateau Beaubourg - Paris au clair de lune (1974). Na parte da "Poesia Sonora/ Poesia Visual", a minha escolha vai para Julien Blaine e o seu Poéme Élémentaire (1972), onde num vermelho intenso se lê:

tu es mon coeur
tu es ma fleur
tu es mes lèvres
tu es mon étoile
tu es mon feu
tu es ma revolution

O linguado exposto de Günter Grass também está entre os meus preferidos (estranhamente... não costuma ser um estilo que eu aprecie particularmente mas... gostei!). Faz parte das ilustrações para o romance com o mesmo nome - Der Butt, de 1977, que não li... (cá por casa, que eu saiba, só temos O Gato e o Rato) mas fica a imagem mais a abaixo.

Desta vez portei-me muitíssimo bem - sabe Deus quando voltarei a ter uma companhia tão boa assim!! - sem tropeções, nem nada. E o senhor dos óculos à Le Corbusier e do "désc-iulpe" de outros vernissages também estava por lá - correu tudo bem.


des saveurs méridionales to the british 'flavours'

Depois do recomendadíssimo (e muito bem!) La Graine et le Mulet, seguiu-se Irina Palm. Mas já lá vamos.

La Graine et Le Mulet (em português, O Segredo de um Cuscuz) é um filme do ano passado de Abdellatif Kechiche, de quem nunca tinha ouvido falar. Gostei muito do filme, é envolvente.
Retrata a vida de Slimane, um homem cansado, prestes a ser despedido e a forma como dá a volta à sua situação. Pelo meio, as relações com as suas famílias onde o lado feminino é dominante - são sempre elas a comandar o barco, a fazê-lo chegar a "bom porto". E claro, um cuscuz que eu não provei mas que devia ser saboroso!




Irina Palm - é surpreendente! É um filme de Sam Gabarsky - outra pessoa que desconhecia e me leva a pensar que a minha cultura cinematográfica anda pelas ruas da amargura... - e onde Marianne Faithfull é inicialmente a avózinha Maggie que depois, para salvar o neto doente, se transforma na fantástica Irina Palm - the best right hand in London.
Uma história real, sem falsos moralismos que gostei muito de ver.



Dois bons filmes que me prenderam a atenção. Dois bons filmes que me fizeram não pensar no assunto por alguns instantes. Dois bons filmes a fechar a minha semana que terminou de forma tão má. Aliás, má é pouco... Foi péssima.