Felizmente são mais os meus dias bons que os dias maus mas, nos dias maus parece que se concentra tudo o que de errado pode acontecer. E também felizmente sou capaz de me rir de muitos dos meus azares!
Caminhava eu, debaixo de uma tromba de água, pelos Restauradores quando uma rajada de vento fez com que o meu guarda-chuva se virasse ao contrário, ficando tipo
parabólica. Farto-me de rir nestas situações
- mesmo quando são comigo - porque normalmente chove que se farta e não dá jeito nenhum que o guarda-chuva esteja naquela posição que não só não nos protege da chuva, como acumula água na concavidade.
Como eu estava a dizer, estava cheia de vontade de me rir a tentar com que o guarda-chuva voltásse à posição convexa inicial enquanto tentava atravessar a estrada sem que nenhum carro me molhasse ao passar numa poça de água.
Nisto vem uma nova rajada de vento que dobra o apoio central do guarda-chuva... Não bastava ter um guarda-chuva em
parabólica como estava
orientado, como se estivesse a captar alguma coisa, sabe-se lá de onde... Nessa altura não me contive - desatei a rir à gargalhada e quase que me agarrei à barriga, tudo debaixo de imensa chuva!!
Fartei-me de rir, sozinha, no meio centro dos Restauradores, e à chuva!
Entretanto consegui voltar a pôr o guarda-chuva na sua posição normal e ao tentar endireitar o ferro central - partiu... Nova gargalhada!! Fiquei com o cabo numa mão e o resto na outra! E chovia a potes, sem sinal de abrandar...
Eu sou a prova viva de que
um azar nunca vem só.