sexta-feira, 29 de agosto de 2008


Conheces-me desde que nasci e toda a vida te deixaste encantar pelos meus olhos... Cada vez que estávamos juntos, mesmo nos momentos mais difíceis que a vida nos trouxe, fazias questão de me dizer que eu tenho "uns oooolhos", mesmo quando eles não brilhavam.

Nas últimas vezes que nos encontrámos, para além dos olhos, recordavas-me o sorriso. E dizias "Lembro-me da primeira vez que te vi... de quando nasceste. Esta garota! E depois lembro-me do teu sorriso... E desses olhos! Esses oooolhos! Continuam lindos!" e davas-me um miminho daqueles à tua maneira.

As tuas histórias são sempre dramáticas e grande parte delas hilariantes - porque só tu podias ser protagonista daquelas histórias, pela forma apaixonada como vives, com tudo o que de bom e de mau isso pode trazer. E o que eu me rio com as tuas histórias!

Ontem decidiste deixar-nos. E a mim, acima de tudo, deixaste-me um grande aperto no coração e um grande nó na garganta. Ainda nem acredito que possa ser verdade... Não pode ser verdade. Tu pertences ao grupo dos imortais e não nos podes deixar... assim... Não podes.


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