Por Uma Vida Melhor.
É este o nome da exposição de fotografia p&b de Gérald Bloncourt que ontem abriu portas e que pude ver a convite da Fundação de Arte Moderna e Contemporânea - Colecção Berardo.
Bloncourt apresenta-nos o seu olhar sobre a emigração portuguesa. São retratos das difíceis condições em que viviam e trabalhavam os portugueses que rumaram a França, que na sua grande maioria se concentrava na periferia das cidades - les bidonvilles.
Não sendo expert na matéria, considero-as imagens intensas, fortes, expressivas daqueles que fugiam à pobreza que também por cá se vivia, motivados por uma força maior que lhes dava energia para ir (e muitas vezes fazer centenas de quilómetros a pé) para um país estranho, onde nem a língua conheciam. Algumas fotografias parecem-me familiares, não por ter família próxima que tenham decidido emigrar (acho que só a mim me passou a ideia pela cabeça!) mas porque conheço alguns emigrantes (dos tempos em passei férias em Trás-os-Montes) e identifiquei muitos objectos, expressões, gestos...
Na exposição existem ainda alguns documentos e livros escritos na época (alguns censurados por abordarem o tema...) e documentários de José Vieira, também ele emigrante em França.
O fotografo de 81 anos esteve presente, gostei imenso do seu olhar e de o ouvir falar sobre as suas fotografias. Ainda me senti tentada a ir falar com ele e dar-lhe os parabéns pelo seu trabalho mas... bom, se o senhor se entusiasmasse e quisesse continuar a conversa, eu ficaria em maus lençóis! O meu francês está muito enferrujado... Achei por bem não arriscar.
Também estava por lá Joe Berardo... E cada vez que o vejo, lembro-me sempre do sketch do Gato Fedorento, com o mini-caixotinh' a dizer "fuck you!" - hilariante!
Como sempre nestas ocasiões, não perdi a tendência para o disparate e tropecei num senhor... Pedi desculpa, e o senhor também me dirigiu um "desculpe" com um french accent e uns óculos muito particulares - redondos à Le Corbusier. Passei o resto da exposição a tropeçar nele... A sua cara não me é de todo estranha mas o nome não me ocorre, nem por nada!
Deixo aqui duas das minhas favoritas, é difícil escolher... Vale a pena ver - até 18 de Maio.
De bidonville en bidonville: Lisbonne - Paris. Camp de l' Abbé Pierre à Noisy le Grand (1954)
L' enfant du taudis: comment s' evader? Paris 11e (1964)
É este o nome da exposição de fotografia p&b de Gérald Bloncourt que ontem abriu portas e que pude ver a convite da Fundação de Arte Moderna e Contemporânea - Colecção Berardo.
Bloncourt apresenta-nos o seu olhar sobre a emigração portuguesa. São retratos das difíceis condições em que viviam e trabalhavam os portugueses que rumaram a França, que na sua grande maioria se concentrava na periferia das cidades - les bidonvilles.
Não sendo expert na matéria, considero-as imagens intensas, fortes, expressivas daqueles que fugiam à pobreza que também por cá se vivia, motivados por uma força maior que lhes dava energia para ir (e muitas vezes fazer centenas de quilómetros a pé) para um país estranho, onde nem a língua conheciam. Algumas fotografias parecem-me familiares, não por ter família próxima que tenham decidido emigrar (acho que só a mim me passou a ideia pela cabeça!) mas porque conheço alguns emigrantes (dos tempos em passei férias em Trás-os-Montes) e identifiquei muitos objectos, expressões, gestos...
Na exposição existem ainda alguns documentos e livros escritos na época (alguns censurados por abordarem o tema...) e documentários de José Vieira, também ele emigrante em França.
O fotografo de 81 anos esteve presente, gostei imenso do seu olhar e de o ouvir falar sobre as suas fotografias. Ainda me senti tentada a ir falar com ele e dar-lhe os parabéns pelo seu trabalho mas... bom, se o senhor se entusiasmasse e quisesse continuar a conversa, eu ficaria em maus lençóis! O meu francês está muito enferrujado... Achei por bem não arriscar.
Também estava por lá Joe Berardo... E cada vez que o vejo, lembro-me sempre do sketch do Gato Fedorento, com o mini-caixotinh' a dizer "fuck you!" - hilariante!
Como sempre nestas ocasiões, não perdi a tendência para o disparate e tropecei num senhor... Pedi desculpa, e o senhor também me dirigiu um "desculpe" com um french accent e uns óculos muito particulares - redondos à Le Corbusier. Passei o resto da exposição a tropeçar nele... A sua cara não me é de todo estranha mas o nome não me ocorre, nem por nada!
Deixo aqui duas das minhas favoritas, é difícil escolher... Vale a pena ver - até 18 de Maio.
De bidonville en bidonville: Lisbonne - Paris. Camp de l' Abbé Pierre à Noisy le Grand (1954)
L' enfant du taudis: comment s' evader? Paris 11e (1964)
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