quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

to all my friends... com teses para fazer nos braços

Sei muito bem o que é ter uma encomenda destas nos braços, ou não tivesse andado quase a bater com a cabeça nas paredes, e com o cérebro a dar o nó, e a fritar a pouca massa cinzenta que ainda possuía, quando tive que a fazer/ entregar há uns anos atrás.

Essa altura da minha vida foi muito difícil para mim, muito mesmo. Descuidou-se tudo (família, amigos, alimentação, horas de sono, tudo!) e parecia que só ela existia... Andava entre extremos, entre uma espécie de hipo e hiper-sensibilidade em que a simples pergunta "então e como está o trabalho/ isso/ a coisa/ whatever?" era irritante!

Lembro-me de na altura ter recebido de um colega da Universidade (que comigo partilhava o aperto que era fazer aquilo) um mail muito engraçado (um post de um outro blog) que passo a transcrever e dedico às pessoas que me são próximas e estão na mesma situação, pois sei o stress em que andam.

Como é óbvio, não vos pergunto pela teses... Apenas deixo aqui o desejo para que chegue a bom porto e fique como vocês desejam. Boa sorte!


"Má Educação

Há perguntas que nunca se devem fazer. Bem, todos incorremos nalgumas argoladas. Inevitável. Nem que seja naquela clássica: "Então e o que é feito da tua amada, a Lara?" "ah ... Não sabes,... acabámos há umas semanas..." Mas lá vamos aprendendo a não fazer merda e a colocar questões inteligentes. Eu, por causa das coisas, uso sempre a mesma, que li algures: "Olá, bom dia, tudo bem? de que modo a produção de Derrida supre a omissão teórica de Sartre face à experiência colonial argelina?" . Fosse sempre assim... Na verdade, a vida social está cheia de momentos de constrangimento causados por perguntas inoportunas e despropositadas.

Outra pergunta que, mandam as boas maneiras, nunca se deve fazer é: "Como vai a tua tese?"

Evitem. Falem do tempo. Insultem a família do visado. Divirtam-se com a celulite e as estrias das raparigas. Gozem com as barrigas protuberantes dos rapazes. Acusem-nos de se peidarem no meio da fila do supermercado. De cheirarem a refogado do sovaco. Mas, cuidado, não perguntem a ninguém pelo andamento da tese. A menos claro, que sejam o orientador da dita. Mesmo assim..."

posted by Bruno Sena Martins


2 comentários:

(n)Ana disse...

hahahaha!

que bom ter vindo aqui!
sempre vou dormir (se conseguir!) com um sorriso hehehe

Sabes que não há muito tempo me perguntaram a idade e o peso! e não foi no médico!

Até me passo com a falta de tacto/chá de alguns engatatões... ou geeks pronto... se bem que um anula o outro... mas há geeks que tentam ser engatatões... bom... não vou teorizar mais... tenho que ir dormir!!
****

Zoe disse...

Ahahah!
Realmente há cada um... :)